sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Agenda de Mini-cursos (em cooperação com o Repositório Digital de Material Didático em História)

Outubro

22 de outubro: Cartografia básica, com a prof.a Vevila Rezende

29 de outubro: Experiências em pesquisa (via video-conferência), com Manoela Pedroza.


Novembro

5 de novembro: Cartografia Digital, com a prof.a Vevila Rezende

12 de novembro: I3geo e suas possibilidades no geoprocessamento, com o geógrafo Edmar Moretti

19 de novembro: Arqueologia: métodos, técnicas e sua difusão no Brasil, com o prof. Leonardo Napp

26 de novembro: CMS, Joomla e ferramentas para internet colaborativa (uma abordagem para historiadores), com o prof. Tiago Luís Gil

Dezembro

10 de dezembro: Bancos de dados e pesquisa em história, com os prof.s Leonardo Barleta e Tiago Luís Gil

Janeiro

07 de janeiro: Demografia Histórica: temas, problemas e métodos, com a prof.a Bruna Sirtori

21 de janeiro: Estatística básica (para historiadores), com o prof. Luiz Paulo Nogueról


Sala de Multimeios - Departamento de História

14h ( com duração de 2 h cada mini-curso)

Mais detalhes: atlas.cliomatica.com


quarta-feira, 27 de outubro de 2010

V Simpósio Nacional de História Cultural



Universidade de Brasília

8 a 12 de novembro de 2010
Auditório do Centro de Excelência em Turismo (CET)

Aula Inaugural

No dia 04/11, quinta-feira, às 10 horas, no Auditório Joaquim Nabuco da FA, teremos a aula inaugural do semestre. Será com a professora Vavy Pacheco Borges, com o tema: Vida, História, Biografia.

A professora Vavy Borges, da Unicamp, dedicou parte de sua vida como pesquisadora à questão da história dos conceitos políticos, explorando o modo como eles emergem em meio a polêmicas e disputas e depois, por meio de uma espécie de cristalização, tornam-se parte aparentemente natural do vocabulário histórico. Vavy se dedicou, em especial, a conceitos como "tenentismo" e "oligarquia" (vide o livro Tenentismo e revolução brasileira, publicado em 1992 pela Editora Brasiliense). Mais recentemente Vavy tem se dedicado à produção e à reflexão sobre a biografia e sua relação com a história. Neste campo, publicou o livro Em busca de Gabrielle. E vem trabalhando numa biografia sobre Ruy Guerra.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Edital financia participação de alunos de graduação em eventos

Olá pessoal, nessas minhas voltas com o PIC ( Programa de Iniciação Científica), descobri também que não é só a pós- graduação que tem ajuda de custo para os alunos participarem de congressos e eventos científicos afins tanto no Brasil como no exterior. O auxílio financeiro da UnB cobre o valor das passagens aéreas de classe econômica.

O estudante de graduação deve entrar em contato com o DEG (Decanato de Ensino de Graduação), solicitanto o auxílio 30 dias antes do evento. Anexo ao formulário de solicitação deverão constar:

  • programação do evento;
  • comprovante oficial de aceitação de apresentação de artigo;
  • cópia completa do artigo a ser apresentado no evento;
  • histórico escolar;
  • carta do orientador, avalizando o trabalho a ser apresentado.
Depois o estudante deverá prestar contas ao DEG até dez dias depois do evento.

Para maiores informações:

http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=2926#

http://www.unb.br/administracao/decanatos/deg/edital ( nesse link procurar por: EDITAL DEG 04/2010 - REITIFICAÇÃO - Auxílio para Participação de Alunos de Graduação em Eventos Científicos Internacionais)

Aproveitem a oportunidade para divulgar sua pesquisa e conhecer a produção dos colegas de graduação de outras universidades!

Platão político: on line o primeiro seminário da III Escola de Altos Estudos Capes/Archai‏


Está disponível a gravação em vídeo do primeiro seminário ("Platão político") da III Escola de Altos Estudos Capes/Archai: "Platão político de Aristóteles ao século XX: a hermenêutica de um escândalo" , ministrado pelo Prof. MARIO VEGETTI (Universidade de Pavía, Itália).

A III Escola de Altos Estudos Capes/Archai é uma promoção do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade de Brasília, do Grupo Archai: as origens do pensamento ocidental e da Sociedade Brasileira de Platonistas (www.platao.org) e conta com o apoio da CAPES.

O curso será desenvolvido ao longo de 8 seminários, sempre às 14h, conforme o Calendário a seguir:

11 out: Platão político
18 out: Intérpretes e críticos de Aristóteles à Renascença
19 out: Ás origens da Modernidades: Kant e Hegel
20 out: Liberais e socialistas na Europa do século XIX
25 out: De Wilamowitz ao Platão nazista
26 out: O Platão anglosaxão de Russell a Popper
01 nov: As defesas de Platão contra Popper: Platão apolítico?
03 nov: Platão e a utopia hoje

Os seminários serão transmitidos AO VIVO, pela WEB, no endereço www.archai.unb.br


XVI Congresso de Iniciação Científica da UnB


Participe do XVI Congresso de Iniciação Científica da Universidade de Brasília.
É uma oportunidade de interagir com a pesquisa científica dentro da Universidade
e conhecer o que os nossos colegas de graduação vêm produzindo.

Dias 08 (segunda-feira) a 11 (quinta-feira) de novembro de 2010,
na Universidade de Brasília, das 9h às 18hs, nos Corredores do ICC SUL.

Programação:
Dia 08.11.2010 - Abertura: Anf. 05 - ICC Sul
Dia 09.11.2010 – Exposição de pôsteres Área: Vida – ICC Sul
Dia 10.11.2010 – Exposição de pôsteres Área: Artes e Humanidades – ICC Sul
Dia 11.11.2010 – Exposição de pôsteres Área: Exatas – ICC Sul


ProIC/DPP/UnB
Universidade de Brasília - UnB
Decanato de Pesquisa e Pós-Graduação - DPP
Programa de Iniciação Científica - ProIC
fone:(61) 3307.2917 / 3307.2658
fax: (61) 3307.2065

História e Música V: DEZESSEIS

A outra música escolhida para análise é Dezesseis, lançada no álbum Tempestade, de 1996. Nela é contada a história de João Roberto, “o nosso Johnny”, um adolescente popular que participava de “pegas” – corridas ilegais de automóveis realizadas em vias urbanas –, conquistava corações com seu violão e acabou por encontrar a morte ao colidir seu Opala com um caminhão.

A composição estabelece a trama ao traçar um paralelo cultural Brasília-EUA, um recurso já usado em outra música narrativa do grupo, Faroeste Caboclo. Em Dezesseis, há essa justaposição de elementos particulares com, graças à potência dos meios de comunicação de massa norte-americana, outros globalmente partilhados, aludindo a um só tempo ao cotidiano e lugares de Brasília e ao ambiente do teenager estadunidense da década de 50 do século XX.

O tema que introduz a música, e retorna abrindo as estrofes, logo remete ao rock dançante típico do período, de influência country, chamado rockabilly, tão conhecido na voz de Elvis Presley, ainda que agregue distorção às guitarras, numa atualização da referência. A narrativa, de imageria cinematográfica que põe carros para explodir (Só deu pra ouvir foi aquela explosão/E os pedaços do Opala azul de Johnny pelo chão), provavelmente faz referência a um ator ícone desse momento, James Dean, de apelido Jimmy, que morreu jovem, aos 24 anos, em um acidente automobilístico enquanto ia para uma corrida de carros. Contudo, Johnny não morreu a caminho de Salinas, na Califórnia, como o ator de Juventude Transviada. Não, ele morreu a caminho da Curva do Diabo em Sobradinho. Seu carro não era um Porsche 550, era um Opala metálico azul.

Vários outros signos remetem a uma ambiência na capital federal (Era o rei dos pegas na Asa Sul [...] Não vai ser no CASEB, nem no Lago Norte, nem na UnB), em meio a citações de grandes ídolos do rock (Sabia tudo da Janis, do Led Zeppelin, dos Beatles e dos Rolling Stones), compartilhando da valorização do carro e da velocidade típica dos teenagers (As máquinas prontas, o ronco de motor). A canção comporta ainda uma intertextualidade com uma música dos Beatles (Strawberry Fields Forever).

Desse modo, a história constrói uma representação, um espaço fictício que é simultaneamente o próximo e o longínquo. Assim, localizamos a juventude brasiliense e a juventude teenager dos anos 50 em Dezesseis, mas subjaz uma condição fictícia simbólica que comunica de forma mais ampla, o que talvez explique o sucesso dessa canção com pessoas de outras cidades e regiões, desinformadas do cotidiano brasiliense, bem como com aquelas desinformadas dos grandes ícones estadunidenses da metade do século XX.

Tendo estabelecido a representação da juventude feita nessa canção como o embaralhar de signos característicos do globalmente compartilhado e do particular, pode-se comparar com a representação do jovem em Geração Coca-Cola. Abandonando as preocupações sócio-políticas, o jovem de Dezesseis imiscui-se com a idéia de juventude transviada, acusada de alienada, que freqüenta o ambiente escolar da high school, para quem há a importância da popularidade e atrativos exteriores, também dos automóveis como símbolo de uma liberdade e uma agressividade que, por sua vez, é diferente da agressividade do adolescente que vai satirizar e revidar a dominação imperialista, na outra música. Ambas, contudo, remetem a uma construção marcadamente urbana da juventude.

Outra diferença talvez remeta à forma que a letra foi escrita. Enquanto uma delas fala em primeira pessoa em nome de toda uma juventude – pós-utópica, industrializada e revoltada –, a outra conta uma história que, ao final das contas, versa sobre o amor. “Tudo por causa de um coração partido”, canta o narrador.

Uma questão presente aí é a representação do comportamento nos relacionamentos e da sexualidade. Johnny, o protagonista que “conquistava as meninas e quem mais quisesse ver”, é a figura sexualizada do teenager desejado, sensual, andrógino. Acontece, contudo, de apaixonar-se e frustrar-se. Não fosse por isso talvez imaginássemos que, seguindo o going steady, casasse cedo com a pessoa por quem nutre o amor intenso que acaba por lhe trazer a morte.

Por tudo isso, tem-se em Dezesseis uma representação da juventude enquanto grupo social particular em meio à sociedade, sendo a ele que o diretor se dirige, tentando restituir seus integrantes aos valores dominantes da sociedade (Que isso sirva de aviso pra vocês), justamente porque partilham de outros valores e de outras práticas, suficientemente divergentes para formar uma subcultura urbana. A formulação do jovem em Dezesseis traça paralelos entre essa subcultura – esse grupo social que são os jovens – de Brasília e aquele representado no cinema, na música e outros meios de comunicação, a partir dos anos 50 nos Estados Unidos, que, acaba tendo ressonâncias na imagem do jovem em toda cultura ocidental.


Amanda Camylla e Thiago Dornelles são alunos do sexto semestre de História na UnB

sábado, 23 de outubro de 2010

Internacional Situacionista


Aqui neste blog estão disponíveis
todos os números da revista do movimento, entre 1958 e 1969. Dirigida por Guy Debord, a Internacional Situacionista pode ser vista como um dos últimos movimentos de vanguarda a propor a integração entre arte e vida, propondo ações artístico-políticas de sabotagem ao capitalismo.

Uma questão para os historiadores: seria isso uma parte do passado passado, ou ainda existiria alguma atualidade neste tipo de projeto?