Em primeiro lugar, pensar o texto como a apresentação de uma proposta de trabalho e não uma pesquisa histórica propriamente dita.
Para a apresentação da proposta, levar em consideração as questões, os temas e as abordagens que norteiam o trabalho do historiador escolhido, de acordo com a entrevista (não há necessidade de maior aprofundamento, trata-se de um exercício).
O norte de um trabalho se constitui, basicamente, por:
1. Temas de pesquisa (por exemplo: idéias, religião, literatura, sociedade, política etc)
2. Perguntas, questões que orientam a pesquisa.
3. Seleção de passagens do documento que fundamentarão o trabalho.
Desta forma, o trabalho pode ser feito em três etapas: na primeira, procurar imaginar qual ou quais assuntos presentes no diário seriam privilegiados pelo historiador escolhido (há vários, relacionados à história urbana, à escrita, à sociabilidade, à religião, à relações de gênero, entre outros); na segunda, formular algumas perguntas que poderiam ser feitas pelo mesmo historiador (aqui, não temer as perguntas aparentemente simples, muitas vezes estas são as melhores); na terceira, selecionar algumas passagens do diário que poderiam ser usadas no trabalho, tendo em vista tema e questões.
¬Sentir-se à vontade na hora de fazer o trabalho é essencial. O único aspecto que será avaliado corresponderá à demonstração de leitura cuidadosa da entrevista e do diário, além da atenção à escrita, a clareza da argumentação. A possível adequação ou não da proposta ao trabalho do historiador escolhido não será avaliada em termos de nota. O mesmo vale para a possibilidade ou não de a proposta poder vir a ser um bom trabalho de história.
O trabalho parece difícil porque estamos mais acostumados a responder do que a formular questões. Por outro lado, uma questão é uma questão. Não existem perguntas certas ou erradas.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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