sábado, 21 de novembro de 2009

Depoimento: José Oliver Lira, ex-aluno.

Olá, Meu nome é José Oliver.

Terminei a graduação no curso de História da UnB em 1996. Lecionei sete anos em escolas privadas de Brasília – o que não aconselho a ninguém. Agora, quero trabalhar no IPHAN, exercendo um ofício que eles consideram de historiador. O que me fez escolher História foi um motivo banal: a admiração inspirada por professores historiadores. Não fui observador meticuloso da dinâmica do curso de História da UnB. Na graduação, estudei no NEC – Núcleo de Estudos Clássicos do departamento de História. Afora críticas e eventuais folclores, não me detive numa avaliação sobre a experiência total da graduação.

Não farei ao gosto de Febvre. Prefiro falar de uma experiência pontual e, a partir desse lugar, dar minha impressão sobre o curso. O NEC foi um grupo animado pelos professores Emanuel Araújo, Sonia Lacerda e José Otávio Nogueira. As relações entre tradição e ruptura foram um dos temas pesquisados. Havia no grupo um forte interesse pela antiguidade grega, essa, inclusive, na modernidade. Esse interesse era motivado, a meu ver, sobretudo, pela competência desses professores. Debates, leituras, um forte sentimento de compromisso davam vivacidade ao grupo. Havia ali compromisso com um projeto acadêmico e intelectual. Não sei se havia outro grupo com esse espírito.

Não penso ter feito cursos interessantes de História do Brasil. Tampouco cursos de História da América. O modelo tradicional de blocos disciplinares como, por exemplo, História contemporânea I, II, etc. não me agradava.

O contrário dessa dinâmica foi os tópicos especiais em História Moderna organizados pela professora Tereza Kirschner. Tópicos especiais como Nossa herança, o Iluminismo foram valiosos. Gostava de teoria. Li textos do Foucault na aula de Eleonora Zicari.

É isso.
Um abraço.
José Oliver

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